A Paixão pelos Animais de Estimação, e a Conexão com a Natureza

Memórias de um Explorador da Natureza

A minha paixão pela natureza e pelo mundo animal vem à tona desde a infância.

Lembro-me de rastejar pela quinta do meu pai, de me camuflar pelo feno ervas e arbustos, para observar os animais de perto, como se estivesse numa expedição pelo reino selvagem.

Observava pássaros, coelhos, raposas às vezes, sardões que se abrigavam em grandes rochas por baixo de um grande sobreiro, as abelhas do mel do meu “ti’Manel”, gafanhotos, borboletas e todos os tipos de insetos.

Neste artigo, quero partilhar minha jornada de apreciação pelos animais e pela natureza, e como eles se tornaram uma parte essencial das memórias da minha vida.

O Fascínio pelos Documentários

Desde criança que me encanto com a natureza na sua forma mais pura, através das experiências do passado e dos documentários que assistia na televisão.

Lembro-me de levantar bem cedo nos fins de semana para assistir programas como o National Geographic e outros que me permitiam viajar a mente para lugares distantes e conhecer animais majestosos nos seus habitats naturais.

Imaginava-me como o lendário Jacques Cousteau, explorando as profundezas do oceano, admirando a diversidade da vida selvagem. O mar, era para os meus olhos outro Mundo completamente alternativo.

Realizando o Sonho de Mergulhar

Felizmente, a vida proporcionou-me a oportunidade de realizar um dos meus maiores sonhos: mergulhar nas profundezas das Berlengas. Testemunhei a beleza impressionante do ecossistema, a variedade de criaturas que habitam nesse espetacular ambiente e, uma velha embarcação submersa.

Tive a sorte também, de avistar golfinhos “travessos” que não se deixaram aproximar. Mas foram observados!

Animais de Estimação e a Liberdade

Apesar da minha profunda afeição pelos animais, sempre hesitei tê-los em casa como animais de estimação.

Sentia que seria injusto prendê-los, em espaços confinados longe de sua liberdade natural.

Se tivesse a oportunidade de viver numa quinta, certamente viveria rodeado por cães, gatos, galinhas e outra bicharada. Nesse cenário, os animais poderiam viver de acordo com suas necessidades e comportamentos naturais.

Excecionalmente, tive uma cadela que coabitou comigo num T2. Além dos passeios aos fins de semana, fazia de tudo para a levar à rua pelo menos 3 vezes por dia. Antes de me deslocar para o trabalho, no intervalo de almoço e depois de jantar.

Uma verdadeira dedicação. Fui o primeiro do bairro a recolher as fezes do animal do chão. Auxiliado pelos sacos do “jumbo” e semelhantes, não havia outros, nem pontos de recolha de sacos dedicados aos dejetos de animais de estimação.  

Contributo com os animais

O meu passado tem bonitas memórias com animais de estimação.

Tuly, a minha adorável e doce cadela, uma mistura de Podengo com Cocker que ocasionalmente resultou numa espetacular estética canina.

O ToBy, um cão encantador e simpático que era praticamente “primo” e vizinho. Passávamos muito tempo juntos em longos passeios. Era um rafeiro alentejano, corpulento, afetuoso e amigo de todos, incluindo das crianças mais travessas.

Dediquei-me também a contribuir com a sobrevivência de animais selvagens. Alimentei e soltei com sucesso andorinhas e pardais caídos dos ninhos.

Em várias ocasiões, encaminhei diversas aves para o CERAS, envolvi ativamente o meu filhote em ações de voluntariado, tornando-o também um entusiasta protetor da vida selvagem; diz que quer ser Biólogo.

Quero continuar a apreciar o reino animal, lembrando-me sempre que a coexistência harmoniosa com a natureza é essencial para a saúde do nosso planeta, para o bem-estar das espécies, da flora e biodiversidade.

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